segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Voltar de férias...

... e encontrar sobre a sua mesa de trabalho uma quentinha com tampa estampada de bolinha PB. Foi esse o meu retorno depois de 20 dias desconectada do mundo real: um boas-vindas para aliviar o choque de acordar outra vez às 6 da manhã para nadar. 


Tão simples, você diria, mas veja bem: a tampinha PB provavelmente era um dos papéis que a Rosana compra nas papelarias do Centro sem nem saber muito bem o que vão virar. E dentro da caixinha, veja só: 

O colar feito a partir das malhas das camisetas que o marido da Rosana não usa mais! Já não lembro quando foi que a Rosana começou a fazê-los, mas sei que a dieta do Bernardo foi providencial: os quilos perdidos aposentaram diversas camisetas e assim todo mundo na editora desfila seus colares no pescoço.




Gostei tanto da etiqueta que quase incorporei a mesma como um pingente. Haha, claro que não. Mas é que são esses detalhes que fazem desses presentinhos ainda mais especiais. Dá pra imaginar a Rosana escolhendo entre tantos papéis e tags... A etiqueta ficou guardada na minha gaveta de cartões e afins, e acabei devolvendo a tampinha de bolinha para ela reaproveitar numa futura quentinha. 


 O colar em ação!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Un cadeau pour Manon

Quando a Manon convida para um encontro na casa dela, não espere nada menos que copos etiquetados e uma comida deliciosa com muita história por trás.




Eu nem sei se foi por isso, mas o caso é que poucos dias depois de uma noite memorável chez la française a Rosana apareceu aqui no trabalho com um quadrinho pra ela. E eu também nem sei se foi exatamente por isso, mas o fato é que a Manon andava se consultando com a Rosana a respeito de algumas expressões que ela não sabia exatamente em que momento usar, como “créu”. Abafa.

A Rosana, então, deu o “bizu”, que por sua vez foi uma das muitas palavras que incorporamos ao vocabulário graças à Gabi. O Wikcionário diz que “bizu” é um sinônimo de dica ou informação, e que sua origem está relacionada a quartéis militares. O Aurélio confirma. Abafa de novo!


O "bizu" ela escreveu com letrinhas de madeira pintadas, e ela me jura que tem uns esmaltes (de unha mesmo) que são ótimos para a tarefa. A moldura é uma das inúmeras que a Rosana encontra no SAARA e que ela também pinta, com jet, tinta ou esmalte. O verso carimbado é inspirado nos talentos da presenteada, que é mestre na arte de moldar borrachas e criar desenhos lindos para estampar.  




A Manon começou então uma espécie de "batalha do quadrinho", retribuindo com esse aqui que a Rosana segura toda prosa:



La française não perdeu o bizu do verso... 




segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Um quadro para Gabi


Eu estava aqui pensando em como descrever o colar de pássaro que a Gabi volta e meia usa e que causa uma certa inveja entre as amigas, o que significaria linhas compridas que não dariam a exata noção do quanto ela adora essas aves. Então aqui está: essa é a Gabi!



E esse é o quadrinho que a Rosana fez pra ela essa semana, e que entregou hoje, e é pena que eu não estava perto pra fotografar a cara de boba da Gabi quando abriu:


O que eu mais gosto nos quadrinhos que a Rosana faz é que o verso é tão caprichado quanto a frente, e eu sempre fico ansiosa pra ver o que tem por trás. Também adoro a forma como ela usa e reaproveita materiais: os recortes de papeis que a gente guarda sem nem saber pra quê - não que alguém fosse jogar fora os pássaros do Escher; uma parte de uma sacola cobre o verso da moldura e suas alças servem para pendurar o quadro; o durex preto dá o acabamento e esconde os grampos; os carimbos têm a nostalgia da infância (a gente brincava muito de loja). 


E ainda tem um detalhe: os versos de Manuel Bandeira foram digitados na máquina de escrever de Dona Edith, a mãe da Rosana!





segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Prólogo

Eu era recém-chegada quando a Rosana chegou também, e por motivos de logística empresarial ela foi sentar justamente do meu lado. Ela ficou ali uns dias, calada – e eu também –, até ir para sua mesa definitiva, duas entradas depois, à direita. Aos poucos ficamos menos quietas, aos poucos os almoços e as caronas aumentaram nosso repertório de conversas e de repente a Rosana dividia comigo a expectativa de tornar-se madrinha do Vin e eu contava para ela as gracinhas do meu afilhado.

Um dia a Rosana fez aniversário – e acho que ela tinha trocado de cabelo pouco antes – e fui convidada para a comemoração, na casa dela. O tour habitual que se faz numa casa aonde se vai pela primeira vez tinha um sabor especial ali no apartamento da Rosana: o acabamento da prateleira da TV era uma fita métrica aplicada pela própria; uma caixa de correio charmosa guardava correspondências e cartões ao alcance de todos os afetos; a prancheta segurava a coluna da semana para quem entrasse no banheiro; a foto tradicional de bebê da Rosana olhava para a foto tradicional do marido dela na sala; e havia mais uma sorte de detalhes, manufaturas, carinho e salamaleques por ali que deu vontade de passar dias descobrindo os cantinhos que ela mesma inventa.

Não faz muitos meses que a Rosana e eu voltamos a sentar lado a lado, e agora – três ou quatro cabelos trocados depois (e algumas confissões) – fico animada quando ela anuncia que vai ao SAARA na hora do almoço. Ela volta com sacolas de fitas, carimbos, papéis decorados, molduras, jet e tabuleiros de jogos, e tudo isso vira outra coisa feita com a própria mão dela. Com a Rosana até as camisetas velhas do marido são aproveitadas, e aqui no trabalho quase todo mundo circula com os colares fabricados a partir dessas malhas. Não bastasse tudo isso, a Rosana tem dois gatos, é craque no steak tartare, edita livros e faz gifs hipnóticos.


Eu, por minha vez, acho mais fácil criar blogs. Este aqui tem a colaboração indispensável da Manon, que fez a arte, as bênçãos da Gabriela e um título autoexplicativo. Feitas as devidas apresentações, bem-vindos ao Olha o que a Rosana faz